terça-feira, 14 de outubro de 2014



ÀQUELES QUE EU AMO...
E ÀQUELES QUE ME AMAM...


Quando eu não estiver mais por aqui,
Larguem-me.
Deixe-me partir.
Tenho tantas coisas a fazer e a ver...
Não chorem ao pensar em mim.
Sejam gratos pelos belos anos que
Eu lhes dei a minha amizade.
Vocês poderão ter a certeza
Da felicidade que vocês me proporcionaram.
Eu lhes agradeço pelo amor que cada um a mim demonstrou.
Mas, agora é meu tempo de viajar sozinho.
Por um curto momento vocês poderão sentir a dor da separação,
Mas a confiança vos trará reconforto e consolação.
Nós estaremos separados por algum tempo.
Deixem as lembranças amenizar a vossa dor.
Eu não estarei longe... E a vida continua!
Se vocês precisarem de mim,
Chamem-me e eu virei.
Mesmo que vocês não possam me ver ou tocar, eu estarei aí.
E se vocês escutarei o vosso coração,
Sentirão claramente o suave amor que eu lhes trarei.
E, quando chegar pra vocês o tempo de também partir,
Eu estarei lá para lhes acolher.
Ausente do meu corpo, presente com Deus!
Não vão à minha sepultura para chorar.
Eu não estarei lá e também não estarei dormindo.
Hoje eu sou o vento que sopra.
Sou o brilho dos cristais de neve.
Eu sou a luz que atravessa os campos de trigo.
Eu sou o suave orvalho de outono.
Eu sou o despertar dos pássaros na calma da manhã.
Eu sou a estrela que brilha a noite.
Não vão à minha sepultura para chorar.
Eu não estarei lá.
Pois eu não estou morto!

(Pierre Indienne)

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